Sala 3
T14 – A experiência com laboratório de inovação na Gerência Jurídica do Metrô – SP
Objetivo
Apresentar a criação, o desenvolvimento e resultados do Laboratório de Inovação da Gerência Jurídica do Metrô de São Paulo – LAB-GJU, este que busca identificar desafios, discuti-los, captar e lapidar ideias, planejá-las e executá-las dentro de pilotos colaborativos de trabalho.
Relevância
A cidade de São Paulo é uma das 5 maiores cidades do mundo com o sistema metroferroviário mais desenvolvido do Brasil, transportando mais de 7 milhões de pessoas/dia. A complexidade do sistema do Metrô de SP, o alto número de clientes e um corpo de colaboradores de aproximadamente 9000 pessoas geram alta demanda, desafios e reclamações no âmbito jurídico. Além de gerenciar este cenário, cabe também à Gerência Jurídica do Metrô pensar nas diretrizes e orientar a empresa com propostas estratégicas que ajudem na redução de gastos e vitória para a Companhia. Com este desafio em mente, o LAB-GJU criou estratégias para mudar o cenário financeiro, inicialmente do passivo trabalhista. Repensou a comunicação da área trabalhista com outras áreas da empresa e por meio de dados estatísticos e financeiros mostrou o quanto é importante a criação de políticas internas que caminhem para reduzir a quantidade de entrada de processos judiciais e mapear os resultados. “Quem são meus maiores clientes? Quais são os objetos das demandas? Em quantos processos eles se repetem? Quais são os êxitos? E as improcedências? Qual o impacto financeiro no resultado?” Estas questões foram o início do desenho das necessidades na área trabalhista. Para construir uma cultura de gestão de mudança, a estratégia do LAB-GJU focou em rever procedimentos, diretrizes e prover adequações no sistema em uso, o que possibilitou a produção de informações quantitativas e ordenadas, focadas na redução do passivo. Definido o primeiro piloto do LAB, outros desdobramentos foram surgindo, com isso a inovação em método, processo e mudanças foram acontecendo rapidamente. A Gerência passou a contar com dados concretos e possibilitou à Diretoria a criar um engajamento corporativo para a solução do passivo trabalhista, que afinal é um problema da corporação como um todo. Com os bons resultados obtidos na área trabalhista, o Laboratório agora tem o desafio de escalonar estas ações para todas as outras áreas da Gerência Jurídica. A missão da inovação interna é a melhoria na qualidade de trabalho de todos e sustentabilidade da Cia.
Descrição
Em 2016, o volume de trabalho uniu colaboradores para encontrar soluções técnicas e de possível implantação para superação dos seguintes desafios: Necessidade de rever o workflow na área trabalhista; Falta de espaço físico no Arquivo; Aumento de falhas no software de acompanhamento processual; Aumento no número de publicações; Necessidade de melhoria no monitoramento dos resultados; A ideia foi criar um espaço saudável ao trabalho com objetivo de criar colaborativamente novos pilotos utilizando como matéria prima os desafios enfrentados pelos próprios empregados no dia-a-dia. Oficialmente em 05/01/2017, a equipe criou o LAB e com o tempo 5 princípios espontâneos foram observados: Relação de confiança, Participação facultativa, Horizontalidade, Paralelo à hierarquia e Colaboração. A metodologia aplicada abrange: Reuniões semanais. Briefings mensais. Gerenciamento dos acordos firmados e dos próximos passos. Partes: líder, representante e envolvidos. Homologação: Levantamento e análise de horas utilizadas e custos relacionados; Identificação do problema; Identificação do Líder (gestor); Identificação do patrocinador (gerente); Descrição do piloto; Fase de Execução; Vantagens; Período de Execução; Solução e Metodologia adotada; Impacto com a implantação; Conclusão; Próximos passos do gestor. Em 2017 foram 12 pilotos homologados pela gerente e incorporados nos procedimentos operacionais da Cia. Sempre focando a melhoria dos processos para melhores resultados com os recursos disponíveis. Diante dos resultados positivos alcançados o LAB-GJU está com 23 pilotos para implementação em 2018, fomentando o engajamento de outras gerências. Isso demostra que o espaço colaborativo para inovação é um caminho real na busca de soluções dos desafios do dia a dia. Declaração Declaramos que o presente trabalho é inédito, não foi publicado em livro, revistas especializadas ou na imprensa em geral.
Notas
Autores (Empregados do Metrô-SP)
Nome: Evandro dos Santos Rocha – Formação: Graduação em Direito; Especialista em Direto do Trabalho pela PUC E FMU Nome: Fernando Luna de Camargo – Formação: Graduação em Administração de Empresas (FGV) Nome: Karen Regina Amorim Carmo Ribeiro Soares – Formação: Secretária pela ETEC Lauro Gomes; Graduanda em Pedagogia pela Unifesp Guarulhos; Graduanda em Direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo Nome: Lívia Lopes Garcia – Formação: Graduação em Biblioteconomia (USP) e Pós-Graduação em Sistemas e Serviços de Informação (FESP-SP) Nome: Marília Rodrigues Mercadante – Formação: Graduação em Biblioteconomia (UNESP) Nome: Silvio Vinícius Oliveira Santos – Formação: Engenharia Elétrica com ênfase em eletrônica (FEI) e Técnico em eletrotécnica pelo IFSP (2011) Nome: Theremary Pereira Veiga Leão – Formação: Graduação em Letras-Licenciatura Plena e Secretariado Executivo-Licenciatura Plena (UMC) Nome: Sônia Cristina Garcia – Formação: Técnico em Contabilidade / Superior Incompleto em Gestão de Turismo e Lazer IFSP Nome: Rossana Dal Colletto – Formação: Graduação em Direito (Instituição Toledo) e MBA em Gestão de Negócios (Insper) Nome: Jussara Aparecida de Paula – Formação: Superior Técnico em Processamento de Dados ( Faculdade Sant’anna).
Silvio Vinícius Oliveira Santos – Metrô SP