05
set
T38 – Pesquisa Origem – Destino da Gestão Ferroviária: das Legiões Romanas às Organizações Multicráticas – José Eduardo Castello Branco – Secretaria de Planejamento e Gestão do Rio de Janeiro
11:20 até 12:00
05/09/19

Sala: Kyoto 1

Objetivo:

O objetivo do trabalho é o de descrever o percurso histórico das formas pelas quais as empresas ferroviárias foram geridas, apontando suas origens e os principais princípios e estruturas organizacionais adotados ao longo do tempo, complementado por uma auscultação e inferência do destino das mesmas no século XI.

Relevância:

O transporte ferroviário, nomeadamente o de carga, enfrenta, em todo o mundo, acirrada competição com outros modos. Estimativas da Agência Internacional de Energia dão conta de que a participação da ferrovia, hoje de 7% do total de movimentação de cargas, cairá para 5% em 2050, em grande parte devido à condução autônoma de veículos rodoviários e à maior eficiência energética dos mesmos. Nesse sentido e no caso brasileiro, dois fatores serão importantes para que essa perda possa ser mitigada: i) existência de uma agenda de políticas públicas que favoreçam o setor ferroviário, sobretudo embasadas em simetria concorrencial e onde se inclui a desregulamentação; e ii) a adoção de práticas gerenciais que mudem substancialmente a forma pela qual as ferrovias de carga são atualmente administradas.

A relevância do presente trabalho encontra eco no segundo dos fatores antes citados, através de uma análise da origem e evolução da organização ferroviária e das possíveis formas de sua adequação no decorrer do século XXI.

Descrição:

O trabalho está dividido em quatro partes, a saber:

a) a parte inicial envolve um olhar sobre como alguns países, pensadores, militares, religiosos ou mesmo homens públicos (Cia. das Índias Orientais e Ocidentais, Adam Smith, Marx, Engels etc.)desenvolveram o arcabouço da teoria das organizações;

b) a segunda parte compreende uma abordagem, de forma resumida, dos princípios básicos da organização empresarial, com ênfase nos princípios weberianos;

c) a terceira parte mostra como foram organizadas as ferrovias, desde seus primórdios aos dias atuais, com destaque para o setor de cargas, e cuja referência básica são as legiões romanas, o exército francês após a guerra dos 100 anos e a doutrina de West Point (academia militar dos EUA);

d) a quarta parte procura descrever as tendências futuras das ferrovias, e como estas poderão, por exemplo, se tornar organizações multicráticas, entendidas como aquelas sob um modelo de gestão de sistemas funcionalmente interdependentes, e onde uma “agência líder do sistema”, externa a qualquer um das organizações participantes, é responsável pelo planejamento geral das atividades, formando um “continuum” entre a “coordenação externa” e os arcabouços organizacionais individuais.

Trata-se, portanto, de um trabalho que, objetivamente, procura auscultar o destino dessas organizações ferroviárias, vis-à-vis o intenso cenário concorrencial que se avizinha, onde despontam o avanço da tecnologia da informação, a inteligência artificial e os grandes conjuntos de dados (big data), que porão em cheque as atuais estruturas e imporão novas relações e padrões de emprego, de centralidade administrativa e de terceirização.

Declaro que o presente trabalho é inédito, não tendo sido publicado em livro, revistas especializadas ou na imprensa em geral.

Jose Eduardo Castello Branco
Engenheiro Civil

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