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T27 – Alternativa para compartilhamento de faixa de domínio no projeto da ferrovia EF-118 Rio-Vitória – Sala 3
10:40 até 11:20
23/08/18

Sala 3

T27 – Alternativa para compartilhamento de faixa de domínio no projeto da ferrovia EF-118 Rio-Vitória

Objetivo

Desde o anúncio da ferrovia Rio-Vitória (EF-118), projeto de R$7,6 bilhões e 600 km de extensão incluído no Programa de Infraestrutura e Logística (PIL) de 2015, há manifestações no sentido da inclusão do serviço de transporte de passageiros na ferrovia, inicialmente planejada apenas para o transporte de carga. Dentro deste contexto, e buscando a maior economicidade dos investimentos depreendidos, este trabalho visa propor o compartilhamento da faixa de domínio de linha férrea já existente, atualmente operada pela SuperVia para transporte de passageiros, em substituição à construção de nova variante inicialmente planejada no Estudo de Engenharia da EF-118.

Relevância

Embora seja temática sensível no âmbito do planejamento de serviços ferroviários, o compartilhamento de faixa de domínio entre serviços de cargas e de passageiros é realidade em diversos países, principalmente quando se tratam de serviços de passageiros de caráter regional, em modelo full seated, que não apresentam conflitos significativos com o trânsito de cargueiros. Uma vez adequadamente dimensionada, o compartilhamento de infraestrutura ferroviária entre diferentes operadoras de cargas e de passageiros pode representar significativo ganho de escala para a manutenção do trecho, garantindo sua viabilidade econômica.

Descrição

Na área de influência da malha ferroviária operada pela SuperVia, o projeto da EF-118 prevê construção de ligação entre Itaboraí e Engenheiro Pedreira, onde a linha se integraria à malha da MRS. O traçado inicialmente proposto para essa ligação no Estudo de Engenharia desenvolvido se afasta do leito ferroviário existente logo após a estação Parque Estrela, seguindo premissa de fugir ao máximo de eventuais interferências. Entretando, ao se afastar de zonas urbanas, o projeto adentra região montanhosa, elevando de sobremaneira os custos com terraplenagem e obras de arte. Deste modo, o compartilhamento da atual faixa de domínio entre o transporte de carga e de passageiros, além de gerar economia com custos de desapropriação, também apresenta-se como um traçado mais viável tanto do ponto de vista da implantação quanto da operação, devido ao seu traçado mais plano e menos sinuoso. Em contrapartida, propõe-se a implantação no trecho de via duplicada em bitola larga, em substituição à atual bitola estreita existente, garantindo a melhor integração do trecho Magé – Saracuruna ao restante da malha férrea da SuperVia, e eventualmente permitindo a operação de serviços de longo percurso de caráter regional com a utilização de composições do tipo Trens-Unidade Diesel (TUD).

 

Pedro Paulo Silva De Souza – SuperVia

 

Apresentação

Artigo